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REABERTURA DO MUSEU D’ARTES E OFÍCIOS DE CARREGOSA (13 de julho de 2022), COM A EXPOSIÇÃO ‘RAÍZES’

Com vista a prosseguir este projeto, a Junta de Freguesia reconhece numa Comissão Diretiva a tarefa de dirigir e organizar os diferentes serviços do MUSEU d’AOC. Esta comissão pretende-se aberta à participação de todos os que queiram fazer parte desta instituição museológica (MUSEU d’AOC) através da participação voluntária; é livre quanto à atuação, organização e programa; orientada pelos interesses, valores e missão inerentes ao MUSEU d’AOC e tutelada pela Junta de Freguesia, de cuja atuação depende financeiramente.

Foram nomeados José Pedro Santos, Virgínio Azevedo Santos, Susana Maria Oliveira Silva, Mário Silva, Maximino Tavares e Maria Helena da Silva Moreira perante a comunidade carregosense, e todos os presentes, Membros, ou Comissários, do Museu d’Artes e Ofícios de Carregosa. 

Discurso da Comissão Organizadora do Museu d’AOC, por ocasião da sua reabertura, proferido pelo Comissário Maximino Tavares.

“Faz hoje um ano que aqui estivemos na Inauguração das obras do Museu.
Hoje estamos aqui para a exposição inicial do ano “Zero”.
Em nome da Comissão, por ser o mais “velho”, incumbiram-me de dizer umas palavras.
Somos um grupo eclético de voluntários, resilientes e sonhadores.
Temos hoje a falta do Mário que está somente na Tailândia, em representação de Portugal nas competições de robótica.


O nosso objetivo é envolver a nossa comunidade numa simbiose de bens materiais e imateriais (a nossa História, …) e atividades. Para que o nosso Povo se sinta parte integrante e orgulhosa.


Disse um dia um velho filósofo “Todos os grandes homens são gratos e reconhecidos.”
Pois, nós achamos que termos de ser gratos e reconhecidos com os nossos antepassados. Uma Vila sem passado, será uma Vila sem futuro! Para que tenhamos um Vila pujante teremos de saber as nossa Raízes…

Daí o tema da primeira exposição:
RAÍZES
A nossa história.
A memória do que fomos.
A esperança do que podemos vir a ser.
Nesse pressuposto, o mais valioso “A TERRA”, a riqueza da TERRA, o que nos dá!
Neste tempo de incerteza, com doenças, guerra, inflação, alterações climatéricas e urgência de proteção ambiental, … recorremos à experiência dos nossos AVÓS:
“VER, OUVIR, SENTIR E CHEIRAR!”

O “ESPANTALHO e o MALHO”, centro da nossa exposição são o regresso ao passado, pela mão do presente que antevê o futuro, do nosso povo laborioso e criativo.

O Museu d’AOC pretende-se um espaço de apresentação da IDENTIDADE do TERRITÓRIO e do seu POVO, em estreita articulação com outros espaços que integram a rede cultural da freguesia e do município, incentivando a criatividade, o espírito critico, a tolerância e a solidariedade.

Da investigação e estudo feitos podemos apresentar algumas curiosidades sobre Carregosa:
Porque será que não encontram registos dos nomes de Cesar e Carregosa anteriores ao ano de 1035 e encontramos nomes de lugares dessas freguesias?
Qual a ligação do Ilustre poeta Eugénio de Castro a Carregosa, cujo nome consta na nossa toponímia, no lugar de Azagães?


Eugénio de Castro era sobrinho do Conde D. Manuel C. Bastos Pina, por casamento com Brígida Portal, tendo frequentado assiduamente Carregosa e a Quinta da Costeira no seu tempo.
A quem se deveu o Restauro da Sé Velha de Coimbra, cuja discussão perdurava há mais de cem anos? Contatavam-se os Mestres italianos ou os Franceses para o restauro?


Pois, foi preciso um homem de Carregosa – D. Manuel C. Bastos Pina, também Bispo de Coimbra, para acabar com as divergências. A obra foi feita pelos artesãos carregosenses “Irmãos Ferreira dos Santos” e os seus funcionários, nossos conterrâneos. Obra que depois de concluída mereceu rasgados elogios aos artesãos em causa.


No século XVI, no reinado de D. João III, Carregosa pertencia a Terras de Santa Maria. Carregosa era dos lugares mais populosos, apresentando 79 fogos, sendo que Oliveira de Azeméis, contava 74, Feira 59, S. João da Madeira 40.


No anuário da Lavoura de 63-64, com registo nacional, Carregosa já contava com 6 lavradores de renome, enquanto as demais freguesias do concelho contavam 1-2, destacando-se Macinhata da Seixa com 3.


Muito mais poderemos vir a saber sobre as nossas RAIZES. Esse é o propósito do Museu d’AOC.
As povoações não são feitas de pedras, mas de HOMENS! Estamos aqui para isso, contamos com todos, seguindo o lema,


Pensamento e ação!”
Discurso da Comissão Organizadora do Museu d’AOC, por ocasião da sua reabertura, proferido pelo Comissário Maximino Tavares
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